1º de Maio promete levar a Federação Angolana de Futebol ao tribunal pela segunda vez

1º de Maio promete levar a Federação Angolana de Futebol ao tribunal pela segunda vez

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No dia 30 de Abril, após um encontro entre a direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF) e 15 dos 16 clubes que disputavam o Girabola Zap 2019/20, decidiu-se anular a prova devido às medidas sanitárias adoptadas, para combater a propagação da pandemia do Covid-19. O 1º de Maio de Benguela foi a única equipa ausente, por ter sido desqualificada do Girabola Zap, segundo justificação do presidente Artur de Almeida e Silva.

No entanto, o presidente interino do clube benguelense, António Moisés, aguarda a saída da decisão oficial sobre o término do Girabola Zap 2019/20 e garantiu, ontem, ao Jornal de Angola, que vai intentar uma nova acção judicial contra a FAF, caso o clube seja afastado da próxima edição do campeonato nacional da 1ª divisão.

“Se a FAF não respeitar as leis, vamos entrar com outra providência cautelar junto do tribunal em Luanda. A nossa decisão mantém-se (…) Não tivemos acesso à reunião. Como clube resta-nos apenas aguardar pelo comunicado oficial da FAF”, contou António Moisés, sem adiantar mais detalhes.

“Temos as condições criadas para fazermos um campeonato regular. Dizer se vamos ou não competir na prova, depende muito do que saiu da reunião. Da nossa parte, dizer que estamos em condições para competir no campeonato”, acrescentou.

Após a reunião da FAF com os clubes, o presidente do Conselho de Disciplina, José Carlos, disse à imprensa que o 1º de Maio ficou sem oportunidade de jogar no próximo Girabola. “Os actos administrativos não são anulados. Não sendo anulados, não há como o 1º de Maio vir para a competição na próxima temporada. Está completamente fora de hipótese”, declarou o também advogado.

Para António Moisés, trata-se de uma perseguição que está a ser movida pelo vogal do Conselho de Disciplina da FAF, de nome José Faria, irmão de Wilson Faria (ex-presidente do 1º de Maio) e actual presidente do Wiliete Sport Clube de Benguela.  “O 1º de Maio foi penalizado injustamente. Com esta medida, o Girabola ficará comprometido devido à providência cautelar”, sublinhou o dirigente.  António Moisés faz parte do elenco que substituiu Wilson Faria, acusado pela direcção proletária de desvio de fundos do clube.

Recorde-se que o 1º de Maio foi desclassificado da última edição do Girabola Zap e suspenso por 3 épocas por ter averbado duas faltas de comparência na primeira volta, nomeadamente diante da Académica do Lobito e Santa Rita de Cássia, para a 1ª e 15ª jornada, respectivamente. A equipa deverá pagar também uma multa no valor de três milhões de kwanzas. Entretanto, a direcção do Primeiro de Maio alega que foi punida injustamente e que a linguagem jurídica utilizada para os sancionar foi deturpada, o que originou, na altura, a um processo na Câmara do Cível e Administrativo do Tribunal Supremo.

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