A selecção sénior feminina de basquetebol saberá hoje quem será o seu adversário para os oitavos-finais do Afrobasket 2019, depois do encontro entre o Mali e a RD Congo, que acontecerá às 15:00 de Angola na Arena Dakar, Senegal.
Este jogo entre as outras duas equipas do grupo C, é referente à terceira e última jornada do grupo, que indicará a passagem directa ou não da selecção nacional aos quartos-de-final. Para muitos analistas, que estão de olho no respectivo torneio, o Mali tem mais chances de sair com a vitória no jogo de hoje, tendo na sua estrutura táctica uma equipa de jogadoras muito coesas e bem alinhadas, em detrimento das congolesas.
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A selecção do Mali entra para este confronto com uma vitória na fase preliminar, enquanto o Congo tem uma derrota. De certeza que as comandadas do treinador Apolinário Paquete, que folgam por imperativo de calendário, torcem para uma vitória da equipa congolesa comandada por Papy Kiembe, pese embora, o corpo técnico maliano acredite que com maior ou menor dificuldade, a equipa vai sair da Arena Dakar com uma vitória .
Se o Mali vencer a partida de hoje, às nossas queridas “manas” ficarão na segunda posição do grupo, podendo cruzar com Cabo Verde ou Quénia, que fazem parte do Grupo D, juntamente com Moçambique. Em breves declarações, o treinador Paquete afirmou que prefere aguardar pelo desfecho: “Se ficarmos na segunda posição, vamos decidir a passagem para os quartos-de-final com Cabo Verde, ou eventualmente o Quénia. Tudo leva a crer que este será o cenário mais provável, depois da partida entre Congo e Mali. Vamos aguardar, e do ponto de vista organizativo melhorar aquilo que estamos a fazer bem”, argumentou o coach.
Apesar da vitória de 69-49, sobre a RD Congo, o treinador nacional alega que não gostou da postura da equipa, sobretudo das extremos postes Cristina Matiquite, Avelina Peso e Nadir Manuel, com exibições pouco amenas para a equipa. Em suma, treinador Paquete pede mais atitude do combinado nacional “O resultado poderia ter sido diferente. O grupo não produziu o esperado. O jogo exterior está a dar resultados, mas não posso dizer o mesmo sobre o interior. Vamos conversar sobre isso, porque se pretendemos atingir outros patamares temos de mudar a nossa atitude”.
Infelizmente o treinador Paquete não parou por aí, e diz ser inadmissível que o somatório da produção destas respectivas atletas fique muito abaixo da casa dos dois dígitos. O mesmo não se pode dizer na parte defensiva, pois em alguns momentos no jogo com a RD Congo, as nossas jogadoras mais altas e pesadas tiveram dificuldades para exteriorizar o seu jogo.
Ontem, antes da seleção nacional ir para o Pavilhão Marius Ndyaye, a equipa teve uma reunião. Nessa sessão de treino, que realizou-se no período da tarde, o coach Paquete deu primazia à consolidação dos sistemas tácticos, mais voltados para o jogo interior. O técnico ainda procedeu a correcção do posicionamento defensivo e a finalização.
Para o próximo desafio, tendo em vista a melhoria da sexta posição, Paquete pretende apresentar uma equipa um pouco diferente, mas capaz de fazer a leitura correcta de cada momento do jogo, e evitar o menor número de erros possíveis.
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No Domingo, a base nacional Italee Lucas foi a jogadora mais valiosa ao anotar 18 pontos, 6 assistências, 4 ressaltos e 3 roubos de bola. Destaque também para Felizarda Jorge, com 10 pontos e Aléxia Dizeco com 9. Com a vitória diante do RD Congo, Angola redimiu-se do desaire de sábado na estreia, contra o Mali, por 71-63.
Ontem verificou-se a primeira pausa na competição devido ao “Tabaski” ou “Eid al-Adha”, que em português significa festival islâmico do sacrifício. Mais de 90 por cento da população senegalesa é muçulmana, por esta razão é feriado para a população em geral.