Suspenso pela FAF, Petro de Luanda pode falhar a edição inaugural da African Football League

Suspenso pela FAF, Petro de Luanda pode falhar a edição inaugural da African Football League

- EmFutebol
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De acordo com a mídia internacional, a participação do Petro na primeira edição da African Football League pode estar condicionada devido ao diferendo entre a equipa e a Federação Angolana de Futebol. Na nota posta a circular nas redes da AFL verifica-se que a situação ou a participação na competição depende da resolução deste atrito no qual a FAF acusa o Petro de não colaborar nas investigações que levou a terreiro, enquanto que o clube da Sonangol acusa a federação de má fé e sabotagem pelo facto de se pronunciarem dias após ao sorteio do campeonato nacional e da realização da supertaça de Angola. No comunicado posto a circular, a FAF acusa o Petro de Luanda, bicampeão nacional e vencedor da Supertaça de não cooperar na investigação sobre um suposto esquema de corrupção.

Em causa estão mensagens de áudio, divulgadas há meses e que apontam para a existência de um pagamento, feito pelo Petro à Académica do Lobito como incentivo para que essa fosse vencer o 1.º de Agosto na Taça de Angola da época passada, taça esta vencida pelo Petro.

Numa mensagem vazada em junho, podia ouvir-se o treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, a afirmar que receberam uma quantia de mais ou menos três milhões de Kwanzas para esse mesmo efeito. Uma parte do valor seria para si, e o restante para dividir pelo plantel. Noutro áudio, este divulgado recentemente nas redes sociais, o jogador Márcio Luvambo confirma o pagamento deste suborno.

Em comunicado, o órgão disciplinar da FAF disse que o castigo foi aplicado pelo “não cumprimento do dever de colaboração a que está adstrito com a FAF, no âmbito do processo disciplinar instaurado”. Além do Petro de Luanda, a federação castigou ainda Agostinho Tramagal com quatro anos de suspensão.

Mas os castigos não se ficaram pelo caso envolvendo o Petro. Ao Kabuscorp do Palanca foi aplicada a descida de divisão também por corrupção, durante o apuramento para o Girabola, e o presidente do clube, Bento Kangamba, suspenso por quatro anos.

Já o 1.º de Agosto foi multado em 176.000 kwanzas por inobservância dos seus deveres com a FAF, estando ainda a ser investigado o papel de Adolfo Manuel, jornalista da Rádio Nacional de Angola, enquanto intermediário das alegadas ilegalidades envolvendo o Kabuscorp e a Académica do Lobito.

A situação acabou mesmo por ditar o cancelamento do jogo da Supertaça de Angola entre o Petro de Luanda e a Académica do Lobito, agendado para domingo, e o adiamento do Girabola, o campeonato angolano, que estava agendado para o dia 3 de Setembro.

O Petro de Luanda já deu as caras e em comunicado, o clube repudiou a decisão do Conselho de Disciplina da FAF tendo também feito uma conferência de imprensa para a comunicação social no intuito de minimizar e acalmar a Nação Tricolor depois dessa notícia bombástica.

“Gostaríamos de realçar que em momento algum o APL (Atlético Petróleos de Luanda) se recusou em colaborar com o Concelho de Disciplina da FAF e, inclusivamente, tudo foi feito para atender às suas solicitações. Prova disso são as comunicações trocadas entre as duas instituições, que atestam a disponibilidade em cooperar”, pode ler-se no comunicado, no qual o clube apelou aos aos adeptos e à massa associativa para “manterem a calma” enquanto a situação se resolve.

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