Depois de uma 1ª fase com bastantes problemas, Angola tinha a dura missão de derrubar as torres Senegalesas (com média de altura a rondar os 2,1 metros).
O treinador nacional Manteve o cinco inicial que defrontou a RCA: Jacques Conceição, Carlos Morais, Leonel Paulo, Eduardo Mingas e Yanick Moreira, esperando que a velocidade e rigor defensivo fossem suficientes para derrotar o adversário.
1º quarto
Leonel Paulo começou a partida com um triplo, um raro triplo do extremo Angolano que o encheu de confiança. O Senegal falhou alguns lançamentos, dando a chance de Angola distanciar-se no marcador, mas não fomos eficazes no ataque. Os jogadores do Senegal conseguiram acertar dois triplos que motivaram a equipa. Apareceu então o dilema para Angola: como travar eficientemente Gorgui Dieng? A solução foi fazer faltas e cansar o “gigante”. O treinador do Senegal decidiu alterar o ritmo de jogo, graças a entrada do seu base Clevin Hannah, que sabia bem que Angola tinha dificuldades na posição 1 e aproveitou-se desta fragilidade para criar situações de lançamento facilitado para os seus companheiros, que nem sempre aproveitaram tão bem. Fim do primeiro quarto: Angola 16 – 19 Senegal
2º quarto
Os mais jovens deram o ar da sua graça no 2º quarto: Gerson Lukeny, Jacques Conceição e Silvio de Sousa + Yanick e Leonel, mostraram bastante intensidade defensiva que atordoou Gorgui Dieng e os seus companheiros. As boas jogadas na defesa potencializaram pontos no ataque, com jogadas bem estruturadas, troca de bola e lançamentos balanceados. Fim do segundo quarto: Angola 37 – 34 Senegal
3º quarto
com 3 pontos de vantagem, Angola começou bem a segunda parte e parecia ter vontade de alargar a diferença (atingiu-se uma diferença de 7 pontos, Angola 41 – 34 Senegal), mas alguns momentos de desconcentração deitaram tudo a perder. 7 tentativas da linha dos 3 pontos, nenhuma concretizada. O treinador optou por fazer substituições ao invés de pedir um desconto e dar alguns segundos para que o cinco que se comportou bem no 2º quarto, pudesse aplicar o mesmo “veneno” ao Senegal. A produção ofensiva derrubou Angola neste quarto, Roberto Fortes, Olímpio Cipriano, Armando Costa mostravam dificuldades para parar os possantes jogadores Senegaleses. Angola marcou ínfimos 8 pontos neste quarto. Fim do 3º quarto : Angola 45 – 51 Senegal
4º quarto
Dois lançamentos de campo concretizados. Sim, apenas dois lançamentos de campo concretizados em 10 minutos. Leonel Paulo (melhor em campo, do lado de Angola) tentava remar contra a maré, mas faltava mais, faltava Carlos Morais, que teve uma noite difícil, em que nada dava certo, os lançamentos triplos, as penetrações… enfim, terminou com 1 ponto, não era o dia da nossa estrela. O Senegal arrumou com Angola com um dunk de Maurice Ndour, passando por Sílvio Sousa e Mingas, aumentando a diferença para 4 pontos.
Resultado final : Angola 57 – 66 Senegal
Angola não chega às meias finais, algo que não acontecia desde 1983. Estamos há cerca de 10 anos a lembrar que o nosso basquetebol precisa de ser repensado, mas agora ficou claro: é hora da acção! (Mas esta é uma conversa para outro dia)
O Senegal avança para as meias finais onde encontrará a Nigéria, uma verdadeira batalha de advinha. Na outra meia final, a Tunísia defrontará Marrocos, Mário Palma tem a chance de chegar a mais uma final do Afrobasket.