FIFA diz não à superliga pretendida por Manchester United e Liverpool

FIFA diz não à superliga pretendida por Manchester United e Liverpool

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Liverpool e Manchester United trabalharam em cooperação para o Project Big Picture nos últimos meses, uma ideia que trazia transformações importantes à Premier League, mas também concentrava o poder em poucas mãos. Bastou que as informações vazassem para que o plano ruísse e a maioria dos clubes da elite inglesa recusasse o projeto.

Depois do projeto “Big Picture” ter falhado, Liverpool e Manchester United viraram-se para a criação de uma Superliga Europeia onde só entram os maiores clubes de futebol de cada país. Para isso, os dois clubes ingleses estariam a negociar um empréstimo conjunto de cinco mil milhões de euros com o objetivo de acelerar o arranque de uma das mais controversas competições de futebol.

O formato da superliga europeia permitiria um máximo de cinco equipas por liga, maioritariamente constituída por clubes de Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha (Big Five). Um dos principais propósitos da sua criação é substituir a Liga dos Campeões a partir de 2022.
Para garantir que a criação da superliga europeia possa avançar, Liverpool FC e Manchester United estrariam em conversações com o
banco JP Morgan com o objetivo de assegurar um empréstimo de cinco mil milhões de euros, segundo a “Sky”.

Quem parece não ter compreendido a ameaça é a UEFA. Um porta-voz da entidade europeia, entre tantos problemas que a Superliga pode causar, preferiu acusá-la de ‘enfadonha’: “O presidente da UEFA deixou claro em várias ocasiões que a UEFA se opõe fortemente à Superliga. Os princípios de solidariedade, de promoção e de ligas abertas não é negociável. É isso que faz o futebol funcionar e a Champions League ser a melhor competição do mundo. A UEFA e os clubes estão empenhados em desenvolver essa força, não para destruir. Criar uma Superliga de 10, 12 ou mesmo 24 clubes seria inevitavelmente entediante”.

A criação da Premier League Europeia, entretanto, pode se transformar em uma guerra jurídica com a Uefa. A Champions possui contratos vigentes até a temporada 2023/24, o que trava os negócios paralelos dos clubes europeus neste período. No momento, a tentativa da entidade máxima que rege o futebol europeu é convencer as potências de que as mudanças previstas na Champions poderão atrair mais receitas e proporcionar mais confrontos directos.


Mas a criação de uma nova competição europeia necessitaria, obrigatoriamente da aprovação da FIFA, que rejeitou em nome de seu  presidente – Gianni Infantino qualquer tipo de apoio a iniciativa de Manchester United e Liverpool, quanto à criação de uma
nova competição interna no “Velho Continente”.

Em entrevista a “CH Media”, o dirigente da FIFA destacou que a entidade está focada no desenvolvimento de um novo Mundial de Clubes.
Como mandatário da FIFA, estou interessado no Mundial de Clubes, não em uma Superliga. Não me interessa um Bayern diante de um Liverpool, mas sim um Bayern contra um Boca Juniors. O Liverpool tem 180 milhões de fãs ao redor do mundo. O Flamengo tem 40 milhões, sendo que 39 milhões só no Brasil. Já o Liverpool, na Inglaterra, tem apenas cinco milhões de torcedores. Quero que os clubes fora da Europa tenham potencial global no futuro” , comentou Infantino.

A manifestação do presidente da FIFA contra a criação da Superliga Europeia é um golpe duro contra as ideias de Liverpool e Manchester United, assim vêem a sua alternativa a Superliga interna ir por água abaixo.

Inicialmente a nova liga seria constituída por 18 equipas das ‘Big Five’, que jogariam duas vezes entre si, culminando num playoff com
as equipas melhor classificadas.

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