A época 2022/23 do campeonato nacional de futebol da primeira divisão, vulgo Girabola, está à portas, com a primeira jornada agendada para o dia 24 do corrente mês, logo a seguir a Supertaça que se jogará no dia anterior entre as equipas do Petro de Luanda (Campeão Nacional) e do Desportivo da Huíla (finalista vencido da Taça de Angola), às 15 horas, no Huambo.
O campeonato, será marcado pela participação de 4 equipas de Benguela, coisa que não acontecia desde 1983, são os casos do Williete Sport Clube, Académica do Lobito, o recém promovido Grupo Desportivo Escolinha do Isaac e o Sporting Clube de Benguela, esse último em substituição do Recreativo da Caála que decidiu desistir da 45ª edição do Girabola. Benguela supera assim a Província de Luanda que conta com três equipas: Petro de Luanda, 1º de Agosto e Interclube.
A edição 45 terá a participação de 16 equipas, apesar de a sua grande maioria apresentarem alguma dificuldade financeira, como já era de se esperar mais uma vez. Os factos mais marcantes foram a desistência da competição por parte do Recreativo da Caála e a falta de jogadores do Sporting de Cabinda, facto que obrigou a formação do Norte a realizar testes de captação para se apurar jogadores capazes de representar a equipa na prova.
Os problemas financeiros afligem a maior parte dos clubes angolanos, e o CD 1º de Agosto que é um dos maiores de Angola, também foi apanhado na onda e por força dos ajustes financeiros, passa por dificuldades para fortificar o plantel e apresentar-se a um nível próximo a aquele que sempre nos habituou. Sofreu com atrasos salariais, perdeu o seu treinador e aposta na casa com Filipe Nzanza a assumir a equipa. Quem também vem com novo rosto para etsa nova edição do Girabola é o Desportivo da Huíla, que trocou Mário Soares por Paulo Torres, que antes dirigia a formação do Libolo.
Falando em problemas financeiros, existe ainda a situação do pagamento dos prémios de jogo dos árbitros, que está por definir. Na última época, este custo foi suportado pelo consórcio formado pela Sonangol, Endiama e Sodiam, que tinha a missão de “conferir maior sustentabilidade aos clubes durante os dois anos da prevalência da pandemia da Covid-19, com 100 milhões de kwanzas por agremiação, para suportar encargos com alojamento, transporte e testes de despiste à pandemia”. Uma vez que este consórcio já fez saber que não irá apoiar os clubes na presente época, este custo deverá voltar a ser imputado aos clubes. No entanto, os árbitros solicitam também uma revisão dos valores praticados actualmente, algo que a FAF deverá responder a qualquer momento, uma vez que o campeonato está às portas.
O Petro de Luanda é o actual detentor do título e é comandado pelo português Alexandre Santos, que entra para a presente época com o objectivo de renovar o título.
Que venha o Girabola, o nosso campeonato, e que traga alegria para o povo angolano.
Segue abaixo a primeira jornada:
GD Sagrada Esperança – Williete SC de Benguela
Académica do Lobito – GD Interclube
CD 1º de Agosto – Kuando Kubango FC
Petro de Luanda – FC Bravos do Maquis
Sporting de Benguela – Santa Rita de Cássia
Sporting de Cabinda – CD Lunda Sul
ASK Dragão do Uíge – CR do Libolo
Desportivo da Huila – GD Isaac de Benguela