[Entrevista] O Super Aboubakar

[Entrevista] O Super Aboubakar

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@Erickson Neto

Hoje fomos à conversa com o Aboubakar Gakou, o jovem extremo poste de 23 anos do Petro de Luanda actual vencedor do Unitel-Basket. O extremo poste também é conhecido como Super Aboubakar por conseguir conciliar a vida desportiva profissional com a vida académica, Aboubakar está a fazer o 5ª ano do curso de Engenharia Química no Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), e revelou-nos como tem sido o seu percurso, as suas motivações, dificuldades, objectivos e sonhos.

Como começou a aventura no Basquetebol?

“Eu comecei a jogar Basquetebol muito tarde, em 2013 porque na época eu jogava futebol mas os meus pais diziam que eu tinha que tentar no basquetebol por causa da minha altura. Tentei e logo apaixonei-me pela modalidade, com o passar do tempo com um longo período de desenvolvimento e aprendizagem, esforcei-me, tracei objectivos e graças a Deus consegui tornar-me num jogador profissional.”

Estás satisfeito com a tua actual posição no clube?

“Para ser sincero não, não estou, porque eu quero sempre mais, quero sempre superar-me a cada dia e atingir várias metas e a minha meta não é essa, ser só o Aboubakar o numero 15 do Petro, eu quero atingir mais objectivos e não sei ao certo se um dia estarei satisfeito. Daqui a 5 anos estarei já com 28 anos e espero estar um jogador mais experiente, com maior foco nos meus objectivos, com mais bagagem, títulos individuais como colectivos, chegar a selecção e tudo isso só será possível com muito trabalho, daí eu nunca estar satisfeito ou acomodado.”

Como tem sido esse casamento perfeito até agora entre a vida académica e a vida desportiva?

“Não está a ser nada fácil, está mesmo a ser um grande bicho de 7 cabeças. Mas tenho sempre em mente que nada é impossível e mesmo com as dificuldades tenho que conseguir gerir, como disse antes, eu tenho metas e formar-me nesta área é uma delas. Desde o ensino médio que a Química é a minha paixão mas se na altura soubesse que hoje chegaria a jogador profissional talvez tivesse optado por um outro curso.”

Covid-19 e os seus impactos na tua vida?

“Confesso que no início foi algo completamente frustrante para mim e para todos penso eu, todos os anos traçamos planos, metas e objectivos, e do dia para a noite ver que praticamente nada será cumprido é chato. Estávamos em casa sem trabalhar sem treinar, sem competir, praticamente sem uma luz no fundo do túnel. Mas graças a Deus já retomamos as actividades desportivas, já começamos a treinar colectivamente e as coisas estão a voltar a uma semi-normalidade, está a ser bem mais fácil, temos é que começar a trabalhar porque ainda este ano há previsão de um possível regresso as competições, nós o Petro, teremos uma competição internacional, a Ball League que provavelmente acontecerá de 8 de Dezembro até 18 do mesmo mês e certamente isso tudo já da uma outra motivação.”

 Quais são as tuas referências dentro do clube?

“Dentro do clube tenho várias referências, eu vejo talento em todos, gosto de os ver a jogar, tento sempre os acompanhar, então posso dizer que são todos mesmo. Desde os meus amigos mais próximos como o Childe Dundão, o Quimzinho, o Lukeny e o Wander até as lendas vivas do clube como o Carlos Morais, o Leonel Paulo, o Cipriano, o Bunga e não só. É um grande orgulho dividir o balneário com todos eles.”

Qual foi o momento mais alto da tua carreira profissional até agora?

“Sem dúvidas que foi quando conquistei o meu primeiro campeonato nacional, depois de uma época tão dura e difícil, vencer o campeonato numa final disputada contra o nosso maior rival é algo que guardo e guardarei para sempre. E também não posso esquecer a noite que bati o meu recorde de pontos num só jogo, 27 pontos contra o ASA.”

Aboubakar e a restante equipa do Petro de Luanda, já concentram forças e treinam tendo em vista a preparação para a BAL League em Dezembro e a revalidação do título nacional de basquetebol mesmo sem uma data ainda para a retoma da competição.

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1 Comments

  1. O momento mais alto da carreira… Parabéns Gakou… e bem dito “superação”

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