Um total de 21 treinadores, incluindo africanos, europeus e brasileiros, foram declarados inaptos para orientar as suas equipas que estão envolvidas nas competições de clubes da CAF nesta temporada, uma vez que não possuem a licença de treinador adequada.
A CAF elevou os seus padrões para que um treinador seja admitido no banco de um clube. Para a temporada 2020/2021 das competições de clubes da CAF, todos os clubes tiveram de assegurar que o seu treinador principal cumpra estes requisitos de licenciamento.
Através da implementação do sistema de Licenciamento de Clubes da CAF, todos os treinadores principais dos clubes envolvidos na edição 2020/2021 da Liga dos Campeões da CAF e da Taça das Confederações da CAF devem ter a licença de treinador “CAF A”. Para além da licença “CAF A”, os treinadores titulares de uma “licença PRO” adquirida em uma confederação irmã, estão elegíveis para participar em competições de clubes da CAF. Para poder treinar a um determinado nível em África agora, será portanto necessário inscrever-se num curso de licenciamento e obter um diploma.
Na lista dos 21 treinadores declarados inaptos, constam os nomes de Toni Cosano (Petro de Luanda) e Roque Sapiri (Sagrada Esperança). Zeca Amaral (Bravos do Maquis) e Paulo Duarte (Primeiro de Agosto) estão elegíveis para participar nas competições de clubes da CAF, o treinador da equipa militar é portador da Licença UEFA PRO.
Estes novos requisitos de licença de treinador para competições de clubes da CAF são apenas um exemplo de como o novo sistema de Licenciamento de Clubes irá estimular a mudança no futebol africano. Esta abordagem já começou a dar frutos através de uma melhor consciência da necessidade de treinadores qualificados. Como prova, várias Associações Membros contactaram a CAF para planearem cursos de formação para os seus treinadores.
De acordo com Raul Chipenda, Director de Desenvolvimento da CAF, “Trata-se de elevar o nível dos treinadores locais para assegurar uma formação de melhor qualidade para os clubes africanos. Esta medida deverá favorecer a escolha de treinadores qualificados para assumirem responsabilidades. Os presidentes dos clubes terão mais auto-confiança e será mais óbvio contratar um treinador local em vez de procurar noutro lugar”.
Para ele, as novas normas da CAF, inspiradas pelas melhores práticas e padrões mundiais, constituem um vector essencial para a evolução e desenvolvimento do futebol africano.
Através do sistema de licenciamento de clubes nas próximas temporadas, a CAF formulará novos requisitos para todo o pessoal técnico dos clubes, nomeadamente treinador assistente, treinador de guarda-redes, treinadores físicos, bem como treinadores da categoria jovem para a certificação padrão em todo o continente.
O objectivo da CAF é profissionalizar ainda mais a profissão de treinador para que os treinadores locais ganhem consideração no ecossistema do futebol, especialmente com os seus pares de outros continentes.
Fonte: CAF