O Primeiro de Agosto inicia neste final de semana, no Estádio 11 de Novembro, a sua caminhada na Total Liga dos Campeões Africanos frente ao Étoile Sportive du Sahel da Tunísia.
A jogar em casa a equipa militar tentará impor o seu jogo e conquistar pontos que serão importantes nas contas finais. Mas afinal quem é o Étoile Sportive du Sahel e o que podemos esperar deles?
A história
Fundado em 1925, o Étoile Sportive Du Sahel é a terceira maior força futebolística da Tunísia, logo a seguir aos históricos Espérance de Tunis e ao Club Africain.
Qualificando-se para a edição 2018 da Liga dos Campeões Africanos como vice-campeão da edição 2016/17, do Campeonato Tunisino e sendo semifinalista da edição 2017 da Liga dos Campeões Africanos, caindo somente aos pés do sempre temível Al-Ahly do Egipto, não é exagero nenhum muito menos falta de patriotismo, assumir que o nosso “Dá Gosto”, não vai ter tarefa fácil.
A experiência, o favoritismo e tradição dos “Nejma” (as Estrelas) nas competições africanas, são incontestáveis.
A entrada na “Liga Milionária”
O Étoile, teve somente que disputar a última eliminatória de acesso à Liga dos Campeões Africanos 2018. A eliminatória frente aos nigerianos do Plateau United resolveu-se em casa dos tunisinos, com uma exibição de gala do experiente avançado Armine Chermiti, coroada com 2 golos que contribuíram para a vitória de 4-2 na primeira mão e foi o suficiente para segurar a vantagem na segunda mão, onde acabaram por perder por 1-0, qualificando-se assim para mais uma fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos.
O momento actual do Étoile
Num momento de forma assinalável, o Étoile nos últimos 5 jogos (4 para o Campeonato Nacional e 1 para a Taça), venceu três e empatou dois, marcou 9 golos e não sofreu nenhum. Tem a melhor defesa na Tunísia pois somente sofreu 15 golos em 25 jornadas de Campeonato.
Arredado da corrida pelo título tunisino, há 10 pontos do já campeão Espérance de Tunis, o Étoile luta actualmente com o Club African pela classificação para a próxima edição da Liga dos Campeões Africanos, estando com os mesmos 47 pontos, a uma jornada do final.
Poderá salvar a época se vencer a final da Taça da Tunísia contra o mesmo histórico rival.
Como Jogam?
Num 4-2-3-1 bem arquitectado pelo argelino Kheireddine Madoui, Achraf Krir é habitualmente o titular na baliza, o guarda-redes tunisino de 27 anos é muito seguro entre os postes e com o regresso do experiente central e capitão de equipa Ammar Jemal proveniente em Janeiro do Al Arabi do Catar, o ofensivo e experiente lateral Ghazi Abderazzak, sempre com um Aymen Trabelsi forte na pressão, nas dobras e na saída de bola jogando simples ao primeiro toque, o pêndulo do meio campo, formam este uma base que torna sólida a defesa tunisina, daí os poucos golos sofridos no campeonato.
No ataque, Hamza Lahmar o carregador de piano da orquestra tunisina, um médio centro à antiga, tecnicamente muito evoluído, clássico 10 é o expoente máximo do futebol ofensivo da equipa, coadjuvado pelo experiente avançado Armine Chermiti, e o irreverente tecnicista jovem equato-guineense Alkali Bangoura, fazem as delícias ofensivas dos adeptos das Estrelas.
O craque: Hamza Lahmar
O melhor marcador da equipa com 7 golos e 7 assistências, um especialista em livres directos e penaltis, mete a bola aonde quer e bem entende, dono de uma técnica sublime e remate fácil, é daqueles jogadores que dá prazer em ver jogar no meio campo do clube tunisino.
É sem margem para duvidas o jogador tecnicamente mais evoluído dos gigantes tunisinos que coadjuvado por Chermiti, e Bangoura (agarra-se em demasia a bola) podem causar dificuldades à defesa do nosso campeão nacional.
Será que o nosso Primeiro de Agosto terá argumentos suficientes para contrariar o favoritismo tunisino?