O basquetebol feminino teve um crescimento exponencial em África nos últimos anos, muitas foram as estrelas que marcaram a última década e inspiraram uma nova geração de ballers.
A equipa editorial da FIBA não ignorou este facto, decidiu olhar para o que se fez na última década e seleccionou 12 jogadoras que estiveram na vanguarda do movimento basquetebol feminino em África.
Os critérios para a nomeação foram baseados nas contribuições das equipas nacionais durante a última década, bem como nas participações em competições globais e continentais da FIBA durante este período de tempo.
Desta lista restrita, constam os nomes de Nacissela Mauricio, Italee Lucas e da moçambicana Leia Dongue.
Nacissela Mauricio (Angola)
Uma competidora incansável que se tornou o símbolo do basquetebol feminino angolano durante a maior parte dos últimos dez anos, “Naci”, como é vulgarmente conhecida, ajudou o seu país a alcançar dois títulos consecutivos do FIBA AfroBasket Sénior Feminino em 2011 e 2013.
Talvez o maior momento da sua carreira tenha sido quando a extremo de 1,84m se tornou a única jogadora africana a ganhar o prémio de MVP de forma consecutiva entre 2010 e 2020. Naci reformou-se há dois anos, na sequência de lesões recorrentes no joelho. Trabalha actualmente como directora de basquetebol do Primeiro de Agosto.
Italee Lucas (Angola)
Lucas pode não ter sido capaz de ajudar Angola a chegar ao pódio desde que fez a sua estreia na selecção nacional em 2017, mas o seu sucesso com o Interclube é inegável.
Nomeada em 2013 como a Jogadora Mais Valiosa da Taça dos Campeões Africanos Femininos da FIBA, Italee chegou a ganhar três títulos desta mesma competição e tornou-se a jogadora mais importante da selecção nacional nos últimos anos.
Leia Dongue (Moçambique)
Imagine uma jogadora que nunca fez uma média inferior a 13 pontos e sete ressaltos por jogo durante mais de 10 anos nas principais competições mundiais e africanas. Avançando rapidamente até 2020, ela tem apenas 29 anos, em grande forma, despertando o interesse de clubes europeus, e mais importante, ela ainda tem muito basquetebol para dar.
Um nome familiar em toda a África e não só, a craque moçambicana foi nomeada para seis equipas All-Star da Taça dos Campeões Africanos Femininos da FIBA de 2012 a 2017 enquanto jogava na Liga Desportiva e no Clube Desportivo Primeiro de Agosto.
Não esqueçamos que Dongue, que obteve uma média de 15 pontos e 11,7 ressaltos por jogo no Campeonato do Mundo de Basquetebol Feminino na Turquia, foi eleita MVP da Taça dos Campeões Africanos Femininos da FIBA por duas vezes, em 2014 e 2015.
No processo, a extremo de 1,86m foi nomeada para a equipa para a equipa All-Star do FIBA AfroBasket Sénior Feminino em 2013, 2017 e 2019.
Melhor marcadora do Campeonato Africano do ano passado, Dongue regista actualmente uma média de 15,5 pontos e 8,45 ressaltos por jogo em cinco edições da FIBA Women’s AfroBasket, que remontam a 2011.
No entanto, Moçambique de Dongue ainda não ganhou um título do AfroBasket Sénior Feminino da FIBA.
Outras jogadoras que fazem parte desta restrita lista são: Astou Traore (Senegal), Ezinne Kalu (Nigéria), Meiya Tirera (Mali), Ramses Lonlack (Camarões), Mame Marie Sy (Senegal), Soraia Deghady (Egipto), Geraldine Robert (Gabão), Evelyn Akhator (Nigéria), Naignouma Coulibaly (Mali).
Fonte: FIBA